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Paris, a Cidade Luz

Confira os principais destaques dessa cidade ímpar. Texto: Jonatal Sousa

Quem já teve a oportunidade de visitar Paria sabe que é fácil se apaixonar pela “Cidade Luz”. Além de ser deslumbrante, a capital da França é referência na arquitetura mundial com centenas de edifícios e monumentos históricos e contemporâneos, também é uma importante cidade europeia e um centro mundial de arte, moda, gastronomia e cultura. Sua paisagem urbana do século XIX é cortada por avenidas largas e pelo rio Sena. A cidade é conhecida por monumentos como a Torre Eiffel e a Catedral de Notre-Dame, uma construção gótica do século XII, sendo famosa também pela cultura dos cafés e por lojas de estilistas famosos na Rue du Faubourg Saint-Honoré.

Até meados do século 19, Paris era praticamente medieval, uma questão que se agravava com o aumento populacional. O Centro da cidade estava deteriorado, imóveis ‘apinhados’ em ruas estreitas e insalubres. Uma ampla reforma urbana foi encomendada pelo imperador Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte a George-Eugène Haussmann. Conhecida como arquitetura haussmanniana, o estilo de Haussmann melhorou o visual, a circulação e a higienização da cidade, mas também escondia uma estratégia militar, controlar rebeliões populares sempre presentes no DNA parisiense.

Durante mais de 20 anos, por meio de parcerias entre poder público e iniciativa privada, Paris virou um canteiro de obras, com abertura de grandes avenidas, construção de monumentos, implantação de rede de esgotos e homogeneização e alinhamento de imóveis.

Construída como o arco de entrada da Exposição Universal de 1889 e nomeada em homenagem ao seu idealizador, a Torre Eiffel (foto) é hoje o monumento pago mais visitado do mundo. Foi designado um monumento histórico, em 1964, e nomeado parte do Património Mundial  pela UNESCO, em 1991. Seu projeto é atribuído a Maurice Koechlin e Émile Nouguier, dois engenheiros seniores que trabalharam para a Compagnie des Établissements Eiffel de Gustave Eiffel e contou também com a participação do arquiteto Stephen Sauvestre. Localizada no Champ de Mars, a construção de ferro tem 324 metros e foi a estrutura mais alta do mundo até 1930. A torre treliça que tem três níveis para os visitantes, com restaurantes no primeiro e segundo níveis, se tornou o símbolo mais proeminente da cidade e da França, sendo cenários de diversos filmes e ensaios fotográficos.

Centro Georges Pompidou é uma obra pioneira da arquitetura contemporânea, projetada por um time de arquitetos composto pelos italianos Renzo Piano e Gianfranco Franchini e pelos britânicos Richard Rogers e Su Rogers, com assessoria do engenheiro britânico Peter Rice. Inaugurado em 1977, o edifício abriga o Museu Nacional de Arte Moderna, além de um centro de pesquisa musical e acústica e uma biblioteca pública. O espaço cultural está dividido em seis andares de 7.500 m² e se destaca devido aos seus componentes de ventilação coloridos: tubos de ar, canos, elevadores e escadas rolantes, situados em seu exterior.

Projetada pelo arquiteto Frank Gehry, a obra da Fundação Louis Vuitton está localizada no parque parisiense Bois de Boulogne, e dedica-se à promoção e ao fomento da criação artística contemporânea. Idealizada pela Louis Vuitton, marca francesa fundada em 1854, a fundação é um centro cultural e um museu de arte à beira de um jardim aquático, criado especialmente para o projeto. Inspirado nas velas de um barco, sua arquitetura compreende um conjunto de blocos brancos revestidos por painéis de concreto reforçado com fibra, cercados por doze estruturas de vidro, apoiadas por vigas de madeira. O edifício inaugurado em 2014, tem dois andares e onze galerias distribuídas em mais de 4.000 m².

Localizado nos subúrbios de Paris, este grupo de dez edifícios cilíndricos, cada um com 15 andares, é chamado Les Choux (os repolhos). A forma única dos prédios é funcional: as salas dos apartamentos ficam mais próximas das janelas e as varandas de dois metros de altura permitem acesso ao exterior e privacidade ao mesmo tempo. Os edifícios foram projetados pelo arquiteto Gérard Grandval e foram concluídos em 1974.

Localizado na margem direita do rio Sena, o maior museu de arte do mundo  é também um monumento histórico da capital francesa. Casa da famosa Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, o Museu do Louvre por si só já é uma grande obra de arte. Em 72.735 m² são exibidos aproximadamente 38 mil objetos, da pré-história ao século 21.

Palácio de Versalhes é um castelo real localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas atualmente um subúrbio de Paris. Era o pavilhão de caça de Luís XIII antes de seu filho Luís XIV transformá-lo e expandi-lo, transferindo a corte e o governo da França para a propriedade. Cada um dos três reis franceses que viveram lá até a Revolução Francesa fez melhorias para torná-lo um dos maiores palácios europeusSeu processo de ampliação e reforma contou com a participação dos arquitetos Louis Le Vau e Jules Hardouin-Mansart, do arquiteto paisagista André Le Nôtre e do pintor Charles Lebrun. O palácio possui 2.153 janelas, 1.250 lareiras, 700 quartos, 700 hectares de parque, 352 chaminés e 67 escadas.

Catedral Notre Dame é uma das construções góticas mais antigas da França, pois é composta por formas retas com estruturas alongadas e vitrais que iluminam todo o interior do ambiente de forma realmente espetacular. Ícone de Paris, a Notre-Dame é passagem obrigatória para quem está na Cidade Luz. Imponente em meio às águas do Rio Sena, ela foi construída entre 1163 e 1345 e ocupa parte da Île de la Cité, um dos mais antigos bairros da cidade, tendo se tornando o marco zero de Paris. Palco de acontecimentos históricos — entre eles a beatificação de Joana D’Arc (em 1909) e as coroações de Henrique VI (em 1431) e Napoleão Bonaparte (em 1804) — Notre-Dame foi atingida em 15 de abril de 2019 por um incêndio de grandes proporções que destruiu parte da edificação, incluindo a torre principal. No entanto, há uma notícia animadora para os amantes da arte e da arquitetura, a catedral está programada para reabrir no final de 2024.

Conheça também:

Arco do Triunfo

Avenida Champs Élysées

Biblioteca Nacional

Filarmônica de Paris

Galeria Lafayette

Jardins de Luxemburgo

La Seine Musicale

Museu do Quai Branly

Museu d’Orsay

Ópera Garnier

Panteão de Paris

Torre Montparnasse

QUANDO IR

As estações do ano costumam ser bem demarcadas em Paris, o que significa dizer que no verão faz calor de verdade (podendo chegar à marca dos 30ºC), no outono as árvores ficam lindas avermelhadas, na primavera a cidade se enche de flores e no inverno faz frio. Frio mesmo, muitas vezes perto de zero (mas a cidade também fica linda, especialmente nos raros momentos em que neva). Em relação às temperaturas, as estações ideais são a primavera e o outono, quando não há grandes extremos. Agosto é o mês oficial das férias na Europa e deve ser evitado, pois aqui elas são levadas a sério – muitos restaurantes e estabelecimentos em geral podem inclusive fechar as portas durante o mês inteiro (a cidade, ainda por cima, fica lotada).

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