Edit Content
Click on the Edit Content button to edit/add the content.
Edit Content

início

revista

anuário

encontro

premiação

matérias

Tendência

Combinação de vários estilos e tendências, o Maximalismo prega o lema “mais é mais”

A ideia de entregar o máximo possível no seu projeto, evitando espaços vazios e combinando estilos como o clássico, o barroco, o moderno, o pós-moderno, o contemporâneo, são premissas do movimento maximalista, uma espécie de contracultura, que contraria, justamente, o excesso de regras presentes nos estilos de decoração.

A união da autenticidade com a inovação encontra neste estilo estético um terreno fértil para projetos de arquitetura e design de interiores. Deixando de lado a simplicidade e valorizando a criatividade, esse estilo tem protagonizado cada vez mais os projetos de interiores mais destacados do momento.

A ousadia criativa na mistura de cores, texturas, formas, materiais, itens vintage e modernos dão vida ao maximalismo, valorizando a liberdade criativa na personalização dos ambientes, mas claro, sempre com muito equilíbrio visual.

Mas a ideia vai além de apenas brincar com o exagero. O maximalismo tem ganhado força e admiradores com conceitos de exclusividade, a partir da criação de espaços personalizados que reflitam as personalidades dos moradores, pois carregam afeto e histórias. Assim, quanto mais referências tem um cliente, mais interessante torna-se para o profissional explorar as possibilidades do projeto.

Embora não tenha regras, a decoração maximalista costuma se expressar por meio de algumas características principais como a mistura de estilos, harmonia visual, composições inesperadas, valor emocional dos objetos, preenchimento de espaços e design teatral, que servem como inspiração para quem deseja criar ambientes exclusivos.

O maximalismo também é descrito como um estilo representante da diversidade cultural, dialogando com minorias e etnias, demonstrando a diversidade e a inclusão estética de todas as pessoas e classes sociais.

Ao conferir liberdade, a decoração maximalista estimula a mistura entre o tradicional e o moderno; entre o sofisticado e o simples. Quanto mais itens e estampas, melhor!

Como surgiu o maximalismo?

Ao fazer uma pesquisa sobre maximalismo, você vai notar que o termo aparece associado a diversas linguagens artísticas: artes visuais, música, decoração, literatura etc.

Embora seja usado em contextos distintos (modernismo e pós-modernismo) nesses campos, ele sempre se refere aos excessos e à heterogeneidade.

Na arquitetura, o pós-moderno Robert Venturi, vencedor do Prêmio Pritzker, foi quem impulsionou o estilo maximalista.

Conhecido por obras gigantescas, ele cunhou a expressão less is bore — em bom português, “menos é chato”. 

Foi uma oposição direta ao “menos é mais”, lema do arquiteto Mies van der Rohe, um dos maiores expoentes do minimalismo.

Durante os anos 1970, outros profissionais aderiram ao maximalismo, fazendo com que o movimento ganhasse força na decoração.

A sua popularidade recente está ligada à exclusividade. Afinal, por meio da mistura entre diferentes elementos, é possível criar espaços que revelam a personalidade de quem os usa.

E a busca por ambientes únicos é crescente, sobretudo por aqueles que enxergam o lar como uma extensão de si.

Legendas:

Foto 01 (principal) – Projeto premiado com capa da Casacor Sergipe 2024, destaca-se pela ousadia maximalista e pela forte carga afetiva, encorajando a expressão pessoal através da riqueza visual da diversidade de materiais, como madeira, tecidos com texturas e estampas variadas, sofisticando o ambiente e destacando elementos de cada estilo trazendo mais personalidade. Deixando de lado a simplicidade e valorizando a criatividade, esse estilo vem contando cada vez mais a história de quem mora ali. A arquitetura máxima combinando o mobiliário herdado com peças trazidas de viagens e elementos contemporâneos equilibram a estética rebuscada e rica em detalhes das diversas referências. Projeto por Junior Ordoñez, arquiteto. Crédito foto Gabriela Daltro

Foto 02 – Antes de firmarem o endereço em São Paulo, os proprietários deste imóvel viveram por muito tempo representando nosso país em diversas nações, onde adquiriram diversas peças ao longo do tempo. Com a colaboração de ambos, que cuidadosamente catalogaram todas as peças decorativas, memórias de suas viagens, retratos e esculturas, foi possível distribuir essas importantes recordações em todos os ambientes do apartamento. O décor ousado e autêntico reflete os gostos e a personalidade com a ideia central de incluir acabamentos em tons neutros para que apenas os móveis e itens decorativos pudessem se destacar. Projeto do escritório BMA Studio do arquiteto Bruno Moraes. Crédito foto Guilherme Pucci

Foto 03 – Neste projeto que leva a assinatura do escritório paulista Studio 92 Arquitetura que tem à frente as arquitetas Débora Terra e Jéssica Lucas Pereira, cores, elementos marcantes e muita personalidade, foram aplicados em todos os ambientes. Ao total foram utilizadas 30 cores, todas elas trabalhadas minuciosamente e testadas para se chegar às tonalidades ideais que conversassem entre si harmoniosamente. Esta paleta supercolorida, que contempla azul, laranja, rosa, cinza, preto, mostarda, branco e verde, foi usada no mobiliário, no piso, nas paredes, objetos de decoração e têxtil. Crédito foto Mariana Orsi

Foto 04 – As estampas executadas nas paredes deste lavabo se configuram no maximalismo, estando contidas no papel de parede. Para o espaço, a arquiteta Mari Milani considerou os contornos geométricos, que também fazem uma alusão ao design Bauhaus, para entregar um cenário disruptivo e chamativo. Crédito foto: Mariana Camargo

Foto 05 – Neste projeto corporativo, o estilo maximalista fica evidente na utilização de cores fortes e na grande variedade de objetos. O tapete orgânico e colorido repousa sobre o piso epóxi verde vibrante. Projeto do Studio 92 Arquitetura das arquitetas Débora Terra e Jéssica Lucas. Crédito foto Mariana Orsi

compartilhe essa matéria via:

©2023. Todos os direitos reservados a Arte Ambiente