Fincado na cidade de Tracunhaém, no Estado de Pernambuco, o ateliê “Bonecos de Pilão”, foi criado e fundado pelo artista plástico Ricardo Francisco e pelo arquiteto Marcos Torres. Com um olhar contemporâneo e inspirados no universo nordestino, notadamente, no agreste, no sertão, na mata norte pernambucana, passando, também, pelo litoral com suas praias e mangues, eles, em harmonioso trabalho de coautoria, desenvolvem toda narrativa poética da arte deles.
Os primeiros esboços, feitos em papel, datam de 2019, e já sinalizavam que o traço minimalista seria a marca registrada dos artistas. Na incessante busca do aperfeiçoamento técnico e de um estilo próprio, esses desenhos foram transformados em gravuras autorais, e, hoje, em esculturas de barro, que começam a ganhar reconhecimento nacional.
Vale ressaltar, que a simplicidade dos traços retos, preponderantes em toda produção artística da dupla, aliada à esmerada execução das obras, em suas diversas etapas, conferem às mesmas um alto grau de sofisticação.
A singular beleza do trabalho dos artistas pode ser observada, também, no cuidado que eles têm durante todo o processo de criação das obras, em especial, na etapa final, que é a queima artesanal, esta, sempre imprevisível e geradora de muitas expectativas. Para os artistas, a “queima” certa é crucial para a obtenção de um resultado satisfatório, não sem razão, comungam com a assertiva de que a queima é parte intrínseca da própria obra, pois, é o forno que a “entrega” em sua última versão.
Criativos e inovadores, eles se valem da rusticidade do elemento primário: o barro, para transformá-lo em obras exclusivas e possuidoras de um elegante design. Adeptos do minimalismo onde o “menos é mais”, exploram com versatilidade a tridimensionalidade (altura, largura e profundidade) de suas obras. Com domínio de variadas técnicas, os artistas do ateliê “Bonecos de Pilão”, além das esculturas feitas em barro, sempre apresentando temas regionais, produzem gravuras digitais e pintam telas e painéis de diferentes proporções. Em sua vasta iconografia, novas formas surgem de suas criativas mentes, hoje, além dos próprios bonecos que remetem às formas de um pilão, cajus, abacaxis, bananas, cactos, mandacarus e peixes predominam em sua coleção.
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